O
espanhol Jordi Ribera está de volta à Seleção Brasileira Masculina de
Handebol. O técnico, que já esteve à frente da equipe, inclusive durante
os Jogos Olímpicos de Pequim-2008, fechou contrato com o Brasil
novamente, desta vez até 2016.
A principal tarefa do treinador será
preparar o grupo nos próximos quatro anos, de olho nas Olimpíadas do Rio
de Janeiro. No entanto, a primeira missão de Ribera quando chegar ao
País, no próximo dia 1º, será treinar a Seleção para a disputa do
Pan-Americano de Seleções, de 18 a 25 de junho, em Buenos Aires, na
Argentina. Serão 16 convocados.
Durante sua passagem anterior pelo
Brasil, Jordi fez um amplo trabalho que resultou em uma visível evolução
da equipe. Além disso, implantou novas ideias na formação de jogadores
e, também, entre técnicos e profissionais.
Mais uma vez o treinador atuará nas
categorias de base, visando à formação de novos atletas. Aliás, essa é
uma das áreas que mais empolgam o europeu. "Gostaria de retomar esse
trabalho da mesma maneira. Conseguimos muitos frutos, muitos nomes que,
hoje, integram a Seleção."
A escolha pela volta de Jordi foi feita
em meio a muitas possibilidades. Segundo o presidente da Confederação
Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz Oliveira, com a saída do
também espanhol Javier Garcia Cuesta, que estava à frente da Seleção
Masculina, a entidade recebeu manifestações de interesse de treinadores
do mundo todo, inclusive de países de tradição na modalidade.
No entanto, a opção pelo retorno de Jordi
levou em consideração o trabalho de qualidade que ele realizou em sua
primeira estadia no Brasil.
"Quando ele esteve aqui, fez um trabalho
excepcional e extremamente competente. Pesou o fato de ele já ter um
conhecimento amplo do handebol no País, além de sua capacidade
incontestável como treinador", elogiou. "Estamos muito felizes por ele
ter aceitado esse novo desafio", completou.
Depois que deixou o Brasil, Jordi esteve
por quatro anos à frente de equipes espanholas que disputam os
principais campeonatos do país e é, também, o responsável por um projeto
da Federação Internacional de Handebol (IHF) em países como Guatemala e
México, onde são expostas maneiras de fomentar o crescimento da
modalidade, semelhante ao que já foi feito aqui.
O europeu tem grandes expectativas para
seu retorno à Seleção Brasileira. "É um projeto muito importante e um
terreno que conheço muito bem. Apesar de estar fora há quatro anos,
ainda há muitos atletas com quem eu já trabalhei anteriormente", lembrou
Jordi.
Nesses quatro anos afastado, Jordi
acompanhou pouco a trajetória do Brasil, mas lamenta a não classificação
da equipe para as Olimpíadas de Londres-2012.
"Infelizmente, a Seleção Masculina não
conseguiu a vaga. Mas isso é algo que pode passar, levando-se em conta
que os Jogos Pan-Americanos classificam apenas um. A Argentina (que
venceu o Brasil no Pan de Guadalajara e se classificou para as
Olimpíadas) também possui um time muito bom, que evoluiu recentemente.
Qualquer um poderia ter vencido. O Pré-olímpico (este ano disputado em
abril, na Suécia) também é bastante complicado, mas o mais importante é
que o Brasil demonstrou estar em ótimo nível."
Nenhum comentário:
Postar um comentário